O governo
de Minas apresentou nesta quinta-feira (23) os resultados da segunda edição da
Pesquisa de Amostra de Domicílios de Minas Gerais (PAD) de 2011. Os dados,
comparados com 2009, mostram que o Estado teve melhorias em diversas áreas,
principalmente saúde e emprego. A região Sul está entre as que mais se
destacaram no que diz respeito à qualidade de vida da população, apresentando
índices superiores à média estadual.
A pesquisa
foi realizada pela Fundação João Pinheiro, em parceria com o Escritório de
Prioridades Estratégicas e com apoio do Banco Mundial e da Fundação de Amparo à
Pesquisa de Minas (Fapemig). Os pesquisadores visitaram 18 mil domicílios em
428 cidades nas 10 regiões mineiras e coletaram informações sobre
infraestrutura como redes de água e esgoto, energia elétrica, saúde, educação e
emprego.
EVOLUÇÃO NO
SUL DE MINAS
Minas
Gerais possui 19,5 milhões, dos quais 13,9% estão no Sul de Minas. A região
está em segundo lugar em número de habitantes, com 2,72 milhões, e perde apenas
para a Região Metropolitana de Belo Horizonte com 24,9% da população.
O estudo
mostrou que, de 2009 a 2011, foram criados 151 mil postos de trabalho em Minas
Gerais. Dos 16,8 milhões de mineiros em idade ativa, 52% estão no mercado de
trabalho, enquanto que no Sul, a taxa de ocupação é de 54,9% em relação a um
total de 2 milhões 352 trabalhadores.
A região
ocupa o terceiro lugar no Estado, atrás do Alto Paranaíba com 55,8% e Triângulo
que obteve 55,7% da população ativa empregada. O nível de desocupação em Minas
caiu de 8,2 para 4,5 por cento no período. Na região sul este índice é menor
ainda, é de apenas 2,4%. O Centro-Oeste foi a região que apresentou a menor
taxa de desemprego do Estado com 2,3%.
Quando o
assunto é educação, o Estado se destaca no ensino fundamental, com 96,9% das
crianças, na faixa dos seis aos 14 anos, na escola em 2011. No sul de Minas o
índice é de 98,5%, índice inferior apenas ao da região Central que possui 98,6%
de crianças e jovens na escola. O resultado praticamente confirma a
universalização do sistema de ensino nos anos iniciais.
No quesito
saúde, os mineiros estão mais satisfeitos. Segundo a pesquisa, 82,4%
consideraram o seu estado de saúde como bom ou muito bom, contra 77,9 por cento
em 2009. Na região Sul o índice satisfação também apresentou elevação: subiu de
79,1, em 2009, para 83,8 por cento em 2011.
No que diz
respeito ao fornecimento de água, 97,7% da população mineira dispõe do serviço.
Na região Sul, 99,3% das famílias têm água em casa. Em relação ao acesso à rede de esgoto, no
Estado, a pesquisa apurou que 76,4% dos domicílios possuem rede de esgoto. Já
no Sul, este indicador alcança o patamar de 80,3%. A energia elétrica chega a
99,6% das casas mineiras, com destaque para o sul do Estado, onde 99,99% dos
domicílios são atendidos.
PARA QUE
SERVE A PESQUISA
O estudo
vai servir de base para elaboração de políticas públicas voltadas para a
realidade de cada região. “A pesquisa
tem dois grandes pontos de destaque: o primeiro ponto é a capacidade de
investigar e acompanhar a realidade dos mineiros, fazer diagnósticos,
sistematizar a informação, ver as potencialidades de cada região. O segundo é
que ter uma pesquisa desse porte dentro do aparato do estado é fundamental para
o monitoramento e desenho de políticas públicas. A flexibilidade adquirida com
isso, de inserir quesitos, pesquisar temas que são do interesse do governo para
realizar políticas publicas, fazer diagnósticos ajuda na consolidação da
pesquisa no Estado que amplia sua capacidade de intervenção na realidade”
avalia a coordenadora técnica do estudo, Nícia Raies Moreira de Souza, do
Centro de Estatística e Informações da Fundação João Pinheiro.